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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Ação pública para embargo do investimento de R$ 1,75 milhão não está descartada

Gabriela Rovai
Quando o governo do Estado comprou o terreno para a construção da penitenciária em Imaruí, no Sul de SC, pagou R$ 1,7 milhão por 69 hectares, sendo R$ 198 mil gastos em 18 mil pés de eucaliptos, que serão leiloados futuramente. Ao analisar a aquisição, o Ministério Público encontrou indícios de superfaturamento na compra e acena com ação para embargo do investimento. 


O inquérito civil público instaurado em fevereiro pela Promotoria de Imaruí com base em representações de entidades e cidadãos do município e abaixo-assinado com mais de mil assinaturas de moradores, pode se tornar ação contra o Estado.

A investigação começou com suspeitas de impedimento ambiental. No decorrer da análise é que o MP descobriu indícios de superfaturamento no valor de R$ 1.747.678,27 pago à vista pelo terreno. Os indícios foram divulgados pelo blog Visor nesta quinta-feira.

Conforme resultado da perícia determinada pelo MP, o valor real do imóvel é de R$ 1.369.329,33.

_É um indício de superfaturamento baseado em avaliação técnica na ordem de mais de R$ 300 mil_observou a titular da Promotoria de Imaruí, Rejane Beilner.

A promotora não descarta entrar com ação contra o Estado depois da conclusão do inquérito, em um mês.

O diretor de gestão patrimonial da Secretária de Administração de SC, Pedro Roberto Abel, negou o superfaturamento e informou que o valor foi avaliado por engenheiros da diretoria com critérios de mercado.

A explicação do governo é que dos quase R$ 1,75 milhão, R$ 198.588 correspondem a 18 mil pés de eucalipto, que ocupam 30 hectares, praticamente a metade do terreno. Um leilão será realizado no futuro para a venda dos eucaliptos e o dinheiro revertido para o Estado.

O governo pagou por outro suposto valor agregado ao terreno. Do total que custou a área, R$ 412 mil correspondem a galpões. As construções deverão servir como base para os operários da obra ou para os presos trabalharem.

Conforme o diretor Abel, os dois blocos de 17 mil metros quadrados com capacidade para 1.200 presos ocupam área bem inferior ao terreno por dois motivos. Um é por questão de segurança e o outro para futura construção de unidades de trabalho e cultivo de hortas para os detentos.

_Compramos o terreno por falta de opções na cidade e outros municípios, e parceria com o prefeito. Foi um longo trabalho de buscas_, concluiu Abel. 
DIÁRIO CATARINENSE

    Língua e olhos de bode são arrancados para ritual de magia negra

    Atos da espécie podem ser justificados em nome da liberdade religiosa?

    -=-=-=-=

    Animal foi encontrado vivo e está em abrigo


    Do R7, com Rede Record
     
    Reprodução Rede Record
    Bode foi torturado para ritual de magia negra

    Um bode foi encontrado com os olhos e parte da língua arrancados na cidade de Itabaiana, zona rural de Sergipe. De acordo com a Polícia Militar, aparentemente, o animal foi torturado para rituais de magia negra.

    A polícia investiga o caso e informou que ainda não possui um suspeito de ter praticado o crime. O bode foi atendido por veterinários e recebe tratamento médico. O estado de saúde dele ainda é delicado, mas ele deve sobreviver e terá que se adaptar sem a visão.


    O dono de um abrigo para animais, José Virtuoso, adotou o bode e informou que foi o primeiro a encontrá-lo.

    - Eu o encontrei e levei imediatamente até uma clínica. Estou fazendo de tudo para que ele fique bem e vou cuidar como um animal de estimação.

    O bode recebeu o nome de Príncipe pelo novo dono.

    Fonte: R7

    Racismo e tortura: PM de Curitiba promove show de horrores



    Postado em: 30 nov 2012 às 10:57

    PMs são denunciados por agressão, tortura e racismo após ação em Curitiba. Durante a ocorrência, idosos e deficientes foram agredidos e moradores ofendidos

    pm tortura curitiba bairro alto
    Criamos uma polícia truculenta, e ela está se voltando contra nós. (Foto: Ação da PM em Bairro Alto, Curitiba)
    Uma perseguição a um motociclista que andava sem capacete terminou de forma desastrosa no último fim de semana, no Bairro Alto, em Curitiba. Moradores relatam que policiais militares invadiram uma casa sem mandado de busca ou de prisão e agrediram moradores e vizinhos, entre eles uma idosa e uma portadora de deficiência. Na sequência, quatro pessoas foram detidas. Elas denunciam que foram torturadas. Uma advogada foi presa por desacato e afirma ter sido vítima de racismo. A Corregedoria da Polícia Militar (PM) instaurou um inquérito para apurar o caso.
    A ocorrência foi registrada na Rua Rio Guaíba, na noite de sábado (24). Na descrição da ocorrência, a PM afirma que um motociclista sem capacete fazia manobras perigosas e teria desobedecido a ordem de parada de uma equipe policial, entrando em uma casa. O mesmo registro faz referência ao uso de armas não letais, como bastões e teasers (aparelho de choque), para controlar cerca de 50 pessoas que teriam se aglomerado diante da residência.
    O caso só veio à tona nesta terça-feira (27), depois que uma das pessoas que foi presa, a advogada Andréia Cândido Vítor denunciou a truculência da ação da PM. Os relatos dão conta de que os policiais invadiram a casa para onde o motociclista fugiu e agrediram moradores.
    Um vídeo divulgado pela Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (AbraCrim) traz depoimento de seis pessoas que afirmam ter sido agredidas pelos policiais. Eles apresentam sinais nas costas e braços, arranhões e cabeças enfaixadas. Uma delas é uma senhora de 74 anos. Outra, uma adolescente que tem problemas de locomoção.
    Veja abaixo o vídeo com o depoimento completo da advogada que acusa os PMs de agressão e racismo
    “Eu peguei no braço do policial e falei: ‘pelo amor de Deus, não faz isso’. E quando eu fui ver, o policial me deu uma cotovelada, eu caí no chão e bati com a minha cabeça na parede. Depois disso, eu não vi mais nada”, relata a adolescente. Em vídeos gravados por moradores, é possível ver quando ela é retirada da casa, carregada por um homem.
    O dono da casa invadida afirma que um de seus filhos ainda está hospitalizado por causa dos ferimentos. As gravações feitas após a ação policial mostra manchas de sangue em vários cômodos e peças de roupa e até pedaços de um cacetete que teria sido usado pela PM. “Nós não somos vagabundos. Nós somos gente”, lamentou o dono da casa.
    Os vídeos gravados pelos moradores mostram ainda o grande contingente policial em frente à casa. Uma policial parece debochar dos moradores. Outro policial se refere à população como “cambada” e chega a gritar um palavrão, quando um morador questiona uma das prisões.

    Tortura

    Quatro pessoas foram detidas pela PM, entre elas a advogada Andréia Vítor. Ela conta que, acompanhada de uma líder comunitária, questionou o tenente que comandava a ação sobre os motivos da abordagem à residência. O tenente teria xingado as mulheres de “vagabundas” e “vadias” e, quando Andréia se apresentou como advogada, recebeu voz de prisão por desacato.
    “Eu disse: ‘Eu preciso de um representante da OAB. Ele gritou: ‘Você não precisa de nada, sua vagabunda. Entra no carro que você vai ter o que você precisa’”, narrou a advogada.
    Andréia afirma que ela e os outros três presos foram algemados e levados de viatura até um módulo policial localizado na Praça da Liberdade. Lá, todos teriam sido postos de joelhos e espancados, com tapas no rosto e pontapés. A advogada afirma ainda ter sido vítima de injúria racial. “Uma das policiais olhava para mim e dizia: ‘Você não é advogada? Advogada o quê? Com essa corzinha?’”, relatou.
    A denúncia será apresentada na quarta-feira (28) ao Grupo Especial de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR). A intenção dos denunciantes é que os policiais respondam criminalmente pelos atos. “Era uma infração administrativa de trânsito, mas resultou nesta barbárie. Barbárie é o nome que resume o que ocorreu”, disse o advogado de Andréia, Elias Mattar Assad.

    Apurações

    Os policiais envolvidos nas denúncias pertencem à 3ª Companhia do 20º Batalhão da PM. O chefe da Corregedoria, coronel Marcos César Vinícius Kogut disse que já recebeu a denúncia e determinou a abertura de um inquérito policial militar, para apurar o que ocorreu. “Foi solicitado o acompanhamento do MP-PR, para que transcorra tudo normalmente e que se apure o que realmente aconteceu.
    Caso os abusos sejam comprovados, as investigações internas conduzidas pela PM podem terminar em punições que variam de repreensão a expulsão dos envolvidos. O coronel reconhece que os policiais terão cometido uma infração grave, se os detidos tiverem sido, de fato, levados ao posto policial antes de serem encaminhados à Polícia Civil. “O padrão da corporação é deslocar com os detidos direto à delegacia da Polícia Civil após a prisão”, disse.
    O coronel ressaltou que a corporação tem interesse em apurar o que realmente aconteceu e de punir os excessos. “A PM instrui seu efetivo para atuar dentro da lei. Os abusos não devem nos chocar, mas devem ser apurados com rigor. As denúncias são importantes para que desvios se tornem cada vez menos corriqueiros”, afirmou.
    A descrição da ocorrência, feita por policiais da 3ª Companhia do 20º Batalhão menciona que as equipes policiais teriam sido hostilizadas pelos moradores que se aglomeraram diante da residência que foi abordada. O documento diz que os agentes foram xingados pela população a recebidos a pedradas. Um soldado teria sido atingido por um soco.

    Atualização: PM reconhece abuso em ação no Bairro alto

    A Corregedoria da Polícia Militar do Paraná reconheceu que houve abuso por parte dos policiais que participaram da ação no Bairro Alto, em Curitiba. Durante a ocorrência, idosos e deficientes foram agredidos e moradores ofendidos. Uma investigação foi aberta e os militares que tiverem cometido excessos podem ser punidos.

    Criamos uma polícia truculenta, e ela está se voltando contra nós

    As imagens e os relatos sobre a atuação da Polícia Militar paranaense no Bairro Alto são aterrorizantes. Mostram o quanto nossas forças e segurança podem ser despreparadas, violentas e como agem contra a lei.
    Tudo começa com um sujeito infringindo o Código de Trânsito. O certo seria meramente repreendê-lo, multá-lo. Mas, para a nossa polícia, pareceu pouco. Foi preciso fazer um cerco, machucar pessoas, humilhar, ofender, prender.
    O efetivo mobilizado mostra que tratava-se de uma emergência de alta periculosidade. Certamente não estavam ocorrendo homicídios, assaltos ou crimes mais graves na cidade naquele instante. A prioridade era o caso de um sujeito de moto sem capacete.
    O vídeo mostra um policial partindo para cima de um cidadão, armando o cassetete contra ele, xingando de f.d.p. e dando a entender que vai derrubá-lo com as armas que têm em mãos.
    É isso que dá criar uma polícia que acha que bandido bom é bandido morto. O desrespeito aos direitos civis, aos direitos humanos, que contamina inclusive o pensamento de boa parte dos formadores de opinião, acaba nisso.
    É o tipo de pensamento que permite que as pessoas sejam agredidas simplesmente porque a polícia pode fazer isso. É o tipo de pensamento que leva uma pessoa a ser humilhada pela cor da pele. Uma adolescente com deficiência a apanhar da polícia até cair.
    Quando defendemos que a polícia faça isso com um, estamos possibilitando que faça com todos. Inclusive comigo e com você. Demos discurso, criamos a truculência, e ela está se voltando contra nós.
    No começo do ano, foi um garoto de 19 anos que acabou torturado no Uberaba. A cada passo, ouvimos histórias iguais e brutalmente graves. Imagine o quanto se passa sem que sequer tenhamos notícia.
    O coronel Bondaruk chegou com um discurso diferente ao comando da tropa. Resta saber se será o suficiente para mudar anos de pensamento ditatorial que criaram esse tipo de aberração que todos vemos.
    Gazeta do Povo, com Rogerio Waldrigues Galindo

    Britto nega ter esquecido de apresentar penas para réus condenados


    Por Maíra Magro e Juliano Basile | Valor


    BRASÍLIA - O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto negou nesta quinta-feira que tenha se esquecido de apresentar as penas para todos os réus condenados no mensalão.

    Britto deixou a Corte, da qual era presidente, no dia 18 de novembro, quando se aposentou compulsoriamente ao completar 70 anos. Assim, não pode participar de toda a fase da dosimetria do mensalão.

    Britto falou que não votou em relação a todos os réus porque não houve tempo para isso em sua última sessão. “Não votei porque não deu. Cinco ministros tiveram que sair e eu precisaria de 45 minutos, não consegui votar.”

    Na quarta-feira, durante o julgamento do mensalão, os ministros discutiram se havia ou não quórum suficiente para votar a pena do deputado João Paulo Cunha (PT-SP). O presidente da Corte, Joaquim Barbosa, disse na ocasião que devia "uma explicação ao colegiado e à nação". Ele falou que insistiu várias vezes a Britto para que apresentasse seu voto em relação às penas antes de se aposentar, mas que o ministro teria esquecido.

    Questionado se ficou ofendido com a fala de Barbosa, Britto disse que não. “Foi um modo de falar, não uma ofensa. Até porque eu não me esqueci de nada, eu trouxe tudo”. Britto participou na tarde desta quinta-feira da cerimônia de posse de Teori Zavascki como ministro do STF.

    (Maíra Magro e Juliano Basile | Valor)

    Fonte: VALOR ECONÔMICO


    O sentimento de açorianidade



     

    O sentimento de açorianidade. 17570.jpeg
    Adelto Gonçalves (*)
                                                               I
    Pouco estudada e conhecida, especialmente no Brasil, apesar dos muitos imigrantes que para as regiões Sul e Sudeste  vieram ao final do século XIX e na primeira metade do século XX, a literatura de temática açoriana ainda aguarda o surgimento de estudos teóricos e crítico-literários na universidade brasileira, embora não sejam raros os descendentes daqueles pioneiros - na maioria, analfabetos ou semialfabetizados - que já alcançaram os graus de mestre e doutor. No Brasil, destaca-se o romancista gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil (1945), professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul e doutor em Letras, autor de Escritos Açorianos: a Viagem de Retorno - Tópicos acerca da Narrativa Açoriana pós-25 de Abril, ensaios (Lisboa, Salamandra, 2003) e de uma vasta obra que inclui outros livros, alguns publicados também em Portugal, Espanha e França.
    Na universidade portuguesa, obviamente, esse desconhecimento não é tão flagrante, mas, ainda assim, a bibliografia não é tão fértil como deveria. Um estudo recente que ameniza um pouco essa aridez é a tese de doutoramento "O conto literário de temática açoriana: a ilha, o mar e a emigração", de Mónica Serpa Cabral, da Universidade de Aveiro, autora também de uma investigação de mestrado sobre a narrativa breve de João de Melo (1949), notável escritor nascido na ilha de São Miguel, autor de romances, ensaios, poemas, crônicas e de um livro de viagens, Açores, o Segredo das Ilhas (2000).
                Em texto de apresentação da tese de doutoramento publicado na Forma Breve - Revista de Literatura, do Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro, nº 8, dezembro de 2010, pp. 235-243, Mónica, nascida na ilha de São Miguel, observa que seu interesse pela realidade açoriana advém naturalmente de sua proximidade afetiva com o arquipélago, reforçada pela saudade provocada pela distância geográfica, já que reside há 13 anos no continente. Ao estudar o conto de temática açoriana, a autora diz que só nos anos 90 verificou-se um interesse maior pelo estudo do gênero em Portugal.
                Segundo a pesquisadora, certas narrativas açorianas alargam os contornos do conto, derrubam fronteiras e apropriam-se de muitos traços de outros gêneros e subgêneros, como a crônica jornalística, a crônica histórica, a narrativa de viagens, a novela, o poema em prosa, o quadro campesino, a autobiografia, a lenda, o mito, a fábula, o artigo de caráter científico, entre outros. Seja como for, diz a autora, a literatura dos Açores oferece uma visão particular do mundo e da sociedade, inconfundível com o modo de ser do português do continente, e que Vitorino Nemésio (1901-1978) definiu como açorianidade, um sentimento que vai além do simples bairrismo, daquela solidariedade que costuma unir aqueles que são oriundos de um mesmo lugar para constituir um estado de ser do homem açoriano, especialmente daquele que emigrou, mas preservou no coração o amor pelo lugar e sua gente.
                Para Mónica, como a literatura açoriana está em grande parte ligada ao mundo rural, mesmo quando a ação se desenrola em espaço citadino, esse ruralismo está associado à memória coletiva e à arte de contar. Nesse sentido, os escritores açorianos são guardiões da memória coletiva, contadores de histórias que mantêm intrínseca ligação com a oralidade.
                                                               II
            Em seu trabalho, que teve a orientação do professor António Manuel Ferreira, doutor em Literatura pela Universidade de Aveiro, a investigadora procurou apresentar uma visão histórica da narrativa açoriana, desde o final do século XIX até os dias de hoje, bem como dos principais autores, ainda que, como observa, a literatura no arquipélago exista desde a sua descoberta, pois data do século XVI a obra Saudades da Terra, de Gaspar Frutuoso (1522-1591). Segundo ela, até a Revolução de Abril de 1974, manteve-se certo conservadorismo temático na literatura açoriana, o que não se tem dado nos últimos anos, quando houve maior abertura a novas experiências literárias.
            Como a emigração é um acontecimento central na história dos Açores, não poderia deixar de estar presente na literatura. Por isso, Mónica dedica ao tema um capítulo de sua tese, o quinto. O ponto central da tese, porém, como observa a autora, está no fato de que a literatura açoriana, em especial o conto, apresenta "uma certa coesão feita de recorrências, sobretudo um modo açoriano de tratar essas recorrências, as quais estão intimamente ligadas à especificidade da vivência açoriana, marcada por um domínio espaciotemporal opresso e circular".
                Na verdade, esta é a primeira vez que, em Portugal, estuda-se, numa tese de doutoramento, a evolução do conto de temática açoriana. Por isso, a autora não pode se prender ao estudo de um autor ou uma época, procurando oferecer uma visão panorâmica do gênero, destacando os seus grandes temas e imagens: a sensação de cárcere de quem vive em ilhas, o chamamento do horizonte, a partida, a errância, o apelo das raízes e, por fim, o regresso à casa. "Mesmo quando ainda residia na ilha, sentia a força das raízes e um amor muito profundo pela terra de origem, dois sentimentos que se intensificaram com a partida", diz Mónica. "Por isso, tal como muitos escritores açorianos que abandonaram o arquipélago, encarei meu trabalho como uma forma de mitigar a distância e a saudade, um meio de sentir a ilha mais próxima de mim", acrescenta.
                                                               III
                Em outro texto, "Entre o conto e a crônica: o estudo de narrativas de autores açorianos", que também faz parte da edição nº 8 da revista Forma Breve, dedicada à crônica, Mónica Serpa Cabral estuda quatro autores açorianos praticantes desse gênero, Manuel Greaves (1878-1956), Daniel de Sá (1944), Manuel Ferreira (1916) e Dias de Melo (1925-2008). De Greaves e Sá, a investigadora diz que em Histórias que me contaram (1948) e Crônica do Despovoamento das Ilhas (e Outras Cartas de El-Rei) (1995), respectivamente, ambos aproximam os seus textos da realidade factual, explorando episódios da História dos Açores.
                "Assim, a realidade histórica confunde-se com a ficção e origina um misto de conto e crônica que não deixa o leitor marcar com exatidão a fronteira entre fato e ficção", observa, acrescentando que, dos dois, Greaves é o que mais dá importância à ação, usando uma linguagem simples, sem grandes artifícios literários. Enfim, lembra, os textos de ambos contemplam aspectos regionais, nomeadamente a pronúncia, o léxico, os costumes e tradições, além de pormenores geográficos.
                Já em Manuel Ferreira a fonte de inspiração vem da realidade social e histórica insular e dos casos gravados na memória coletiva. Jornalista de profissão, diz a crítica, o escritor mostra preferência pela realidade factual, entrando, assim, no domínio da crônica. Mónica cita o conto "O alevante da isca", do livro O Barco e o Sonho (1979), que é baseado num episódio verídico da história açoriana, em que a massa desfavorecida da cidade de Ponta Delgada se levanta contra a exploração e a ganância de um fiscal enviado de Lisboa, "um cão sem escrúpulos nem consciência, a governar-se à grande e à francesa, à coca e à custa do povo, entre rodadas de vinho e polvo na tasca do Simão, gabarola e cachaceiro - um rejeira de mil raios o partisse! (....)".
                Em Cidade Cinzenta (1971) e Vinde e Vede (1979), de Dias de Melo, diz a investigadora, fica difícil identificar o gênero, o que a levou a chamar os textos de narrativas, que constituem mais reflexões de um narrador que deambula pela paisagem física, humana e social. São, portanto, textos híbridos que extrapolam os limites do conto e entram no domínio da crônica, define a autora.
                Um exemplo apontado pela estudiosa é o conto "Vinte contos em cinco minutos", que fala de um personagem, o João Carroça, "homem de pé descalço" que fora enriquecendo ao longo do tempo e transformou-se num grande senhor, um respeitável burguês, que não hesita em explorar friamente um antigo companheiro dos dias em que andava de carroça a vender a mercadoria, comprando-lhe a batata a cinco escudos e vendendo-a, cinco minutos depois, a 25 a um oficial do exército, o que explica o título da narrativa. Portanto, diz, o conto representa o lucro fácil de um homem rico, sem escrúpulos e indiferente à desgraça alheia.

                Seja como for, para a investigadora, as narrativas de Manuel Ferreira e Dias de Melo aproximam-se mais do conto e apresentam, de forma mais visível, uma estrutura de ficção. Por aqui, vê-se a importância dos trabalhos de Mónica Serpa Cabral resgatando o trabalho não só destes ficcionistas açorianos como de outros, despertando no leitor a curiosidade de conhecê-los. Com certeza, será a partir de trabalhos bem estruturados e escritos com paixão como estes que a literatura açoriana há de se tornar mais conhecida não só em Portugal como no Brasil e em outras nações e comunidades dispersas do mundo lusófono.
                                           IV
                Se para alguma coisa servir, é de lembrar que também este articulista é descendente de açorianos - seus avós maternos - que para a cidade de Santos, no Litoral de São Paulo, na região Sudeste do Brasil, vieram ao final do século XIX, estabelecendo-se no Morro de São Bento, que até hoje é um reduto das tradições dos Açores e da Ilha da Madeira de que melhor exemplo são as suas famosas bordadeiras. E teve como co-orientador, em Portugal, em seu trabalho de doutoramento em Letras pela Universidade de São Paulo, o professor Fernando Cristóvão, assistente e depois sucessor do açoriano Vitorino Nemésio na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
    ______________________
    FORMA BREVE - Revista de Literatura. Departamento de Línguas e Cultura da Universidade de Aveiro, dezembro de 2010. E-mail: antonio@ua.pt
    ________________________

    (*) Adelto Gonçalves é doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo e autor de Gonzaga, um Poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999), Barcelona Brasileira (Lisboa, Nova Arrancada, 1999; São Paulo, Publisher Brasil, 2002) e Bocage - o Perfil Perdido (Lisboa, Caminho, 2003). E-mail:marilizadelto@uol.com.br
    Fonte: PRAVDA

    MEAT SHOP - Programação



    CABEÇALHO MEAT.jpg
    Sexta-feira 30 de novembro
    21:00
    Noite de Latin Jazz
    SITO LOZZI TRIO
    Participação especial do violonista argentino Pablo Lazarte
    Sito lozi foto.jpg
     O pianista arranjador e compositor Sito Lozzi no Brasil desde 1988, teve larga experiência no circuito musical paulista e agora apresenta-se em show de Latin Jazz, uma viagem musical, percorrendo assim toda nossa América, farta em estilos e ritmos, com um repertório baseado em composições e arranjos próprios clássicos de Tom Jobim, Egberto Gismonti,  Astor Piazzola, Miles Davis, Chick Corea, entre outros, além de composições de sua autoria que fazem parte do seu CD. com com a parceria desses virtuosos artistas: Glauco Valença e Gerson Kornin.

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    Sábado, 1 de dezembro

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    Jornal de Angola com novo ataque a portugueses


    O Jornal de Angola publicou mais um artigo de opinião atacando duramente os portugueses, com comentários xenófobos e críticas a Pacheco Pereira e Ana Gomes.


    O texto, assinado por Rui Ramos e publicado na quarta-feira, surge após editoriais violentos. O mais polémico é do dia 12, em que aquele diário criticava o que diz ser uma "campanha contra Angola", após notícias da abertura do inquérito-crime sobre o envolvimento de altos dirigentes angolanos em crimes de branqueamento de capitais.

    Depois disso, o diretor do jornal, José Ribeiro, escreveu dois artigos: um contra a imprensa portuguesa; outro, segunda-feira, a atacar "as elites portuguesas" e os políticos, acusando Pacheco de ser "grosseiro e malcriado".

    Já na passada quarta-feira, num cenário em que ridiculariza o povo português, Rui Ramos destaca, entre os desempregados, os "largos milhares" que "vão para Alcântara" para tentar um visto para Angola. Além de acusar os portugueses de racistas, diz que quem faz fila para o visto "são os desgraçados, arruinados, miseráveis de um país no abismo" e "outros vivem disto". Os outros são "os candongueiros, os fugitivos dos impostos, mas também os intelectualóides que já foram paridos com um livro na mão". "Passam lá de madrugada" e "ao verem aquela bicha espumam como cão vadio" e "murmuram pretos de merda".

    E "ninguém liga a esses pereiras gayvotas de rabo gordo", continua.

    Depois, refere-se a Ana Gomes como "uma gaja de Sintra", que "fala de longe aos desesperados de migalhas". E a Pacheco como "aquele Pereirinha gorduxoso esquisito".

    Fonte: JORNAL DE NOTÍCIAS (Pt)

    Morreu uma pessoa especial: VALMIR MARTINS


    Nos idos de 1970, o então estudante Valmir Martins foi nosso companheiro de Diretório Acadêmico/DCE, na UFSC.

    Efetivamente uma grande perda para a sociedade, porque sempre se mostrou pronto a conscientizar, de modo sereno e convincente, os outros.

    Lamentável o seu fim. Nossas condolências à família.

    -=-=-==-


    Morre um dos fundadores do PT em Santa Catarina e candidato ao governo em 2010


    Valmir Martins era professor de história aposentado e morreu na madrugada desta sexta-feira aos 69 anos


    Corpo de Valmir Martins será cremado em Balneário CamboriúFoto: Daniel Conzi / Agencia RBS


    Morreu na madrugada desta sexta-feira um dos fundadores do PT e pioneiro do PSOL em Santa Catarina. Manezinho da Barra da Lagoa, Leste da Ilha, Valmir Martins, 69, disputou o governo do Estado em 2010 e era professor aposentado do departamento de história da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

    Ele estava internado há 40 dias no Hospital SOS Cárdio na Capital onde tentava tratar uma grave doença no coração. O velório começou às 4h da madrugada, no Cemitério do Itacorubi, na Capela B, e vai até ás 15h. Depois o corpo seguirá para Balneário Camboriú onde será cremado no Crematório Vaticano às 18h.

    Valmir iniciou na política aos 16 anos, em organizações ligadas à Igreja Católica, como a Juventude Operária Católica (JOC) e a Ação Popular (AP). Em 1979 foi um dos fundador do PT em Santa Catarina e também o primeiro candidato do partido ao Senado, em 1982. Ingressou no movimento estudantil e teve forte participação no movimento contra a ditadura militar.

    Chegou a ser preso político após os agentes da ditadura descobrirem o local onde estava sendo realizado o 30° Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Ainda no PT, em 1993, integrou o governo da Frente Popular em Florianópolis, sob indicação do então vice-prefeito Afrânio Boppré. Presidiu o diretório municipal do PT por duas vezes, e continuou sua militância ao lado de Afrânio, no início dos anos 2000.

    Em 2005, com o abandono das bandeiras históricas do PT, Valmir, Afrânio e um grupo de militantes saíram do PT e ingressam no PSOL. Para Murilo Silva, um dos fundadores do PT em Florianópolis, Valmir era considerado um homem defensor de sua ideologia socialista acima de tudo.

    — Ele não desistia de seus princípios por nada. Pensava sempre no universal — diz.

    DIÁRIO CATARINENSE

      Pesquisa revela que 7% dos católicos não creem em Deus


      Frequência às missas caiu na Irlanda


      por Jarbas Aragão

       

      Mais de 20% dos católicos irlandeses não acreditam na ressurreição de Jesus nem que Deus criou o universo, afirma a pesquisa divulgada pelo Instituto Ipsos MRBI. Constatou-se também que 7% dos católicos sequer acreditam em Deus. Um número curioso em um páis que recentemente organizou o primeiro congresso mundial de ateus.

      Quando se trata de tomar decisões morais sérias, mais de três quartos (78%) dos católicos irlandeses seguem sua própria consciência, em vez de lembrar do ensino da Igreja (17%). Quase metade dos católicos irlandeses (45%) não acredita no inferno, enquanto quase um quinto (18%) não acreditam que Deus criou o homem.

      Por outro lado, 92% dos católicos irlandeses dizem acreditar em Deus, 82% acreditam no céu, 80% acreditam que Deus criou o homem e 84% acreditam que Jesus era o filho de Deus. Além disso, 78% acreditam na ressurreição de Jesus, enquanto 76 % acreditam que Deus criou o universo.

      Quando se trata de frequentar as missas, a pesquisa revelou que 34% dos católicos irlandeses fazem isso uma vez por semana, 16% afirmam que “raramente/nunca” vão. No geral, a pesquisa revelou que 90% dos entrevistados consideram-se católicos, 2% é evangélico, 2% de outra religião, 5% não tem religião e 1% recusou-se a responder.

      Cinqüenta e nove por cento associou a palavra “igreja” ao seu lugar de culto, enquanto 20% diz que “somos nós mesmos… o povo de Deus”.

      Entre os entrevistados, 84% acreditam que os padres deveriam ter o direito de se casar e 7% são contra. Por outro lado, 80% acreditam que deveria haver sacerdotes mulheres, com 9% sendo contra.

      Uma pergunta da enquete falava sobre a formação do mundo: criacionismo X evolucionismo. A pesquisa descobriu que 56% dos entrevistados acreditam que Deus criou o homem, com 18% dizendo acreditar na evolução. Curiosamente, 7% acreditam em ambas, enquanto 7% não acreditam em nenhum das duas. Doze por cento disse que não sabia.

      Segundo o jornal Irish Times, que divulgou a pesquisa, desde 1996 o número de católicos irlandeses não sofre alterações significativas. Porém, nos últimos 14 anos, a frequência semanal à missa, caiu de 55%, em 1998, para 34% em 2012.

      A maior queda na devoção foi notada entre os mais jovens. Apenas 17% das pessoas entre 18 e 34 anos de idade vão à missa semanalmente. Na faixa entre 34 e 54 são 31% e 57% das pessoas com mais de 55 anos o fazem.

      Fonte: GOSPEL PRIME

      Contas de mercearia

      Porque o mantenedor gosta do contraditório, alguém poderia se dispor a rebater a crônica do Alfredo.

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      Frente à vertiginosa derrocada do mitológico número de vítimas em Auschwitz, desde os pranteados quatro milhões, para algo em torno de quinhentos, ou seiscentos mil prisioneiros, número reconhecido por relutantes pesquisadores e historiadores judeus, a Sinagoga Internacional teve de tomar algumas providências de emergência, tentando salvar o triste edifício de mentiras e embustes já em ruínas.
      A verdade é que já não se podia contabilizar tantos “infelizes gazeados”, e os “sobreviventes” de Auschwitz que continuam surgindo aos milhares por todo o mundo,sempre a extorquir mais e mais dinheiro, já vão abalando a crença popular na eterna novela do “sofrimento judeu”, e no insustentável número dos “seis milhões”.
      Se agora já se desvaneceram três milhões de “vitimas”, e outros milhões de judeus “sobreviventes” exigem mais e mais indenizações, como ficam então as enviesadas contas do “holocausto judeu”? A aritmética não ajuda os mentirosos, e a maranha das “câmaras de gás” já não convence o público mais informado. Então há que inventar outros “procedimentos holocausticos”, como quer fazer o Prof. Dennison de Oliveira numa entrevista ao jornal Gazeta do Povo1, na qual podemos verificar o seu aflito esforço para encobrir mentiras com outras mentiras e descaradas falácias:
      Gazeta do Povo: Como é possível para alguém negar que pessoas eram mortas nas câmaras de gás?
      Prof. Dennison de Oliveira: Através de cálculos esotéricos e abstratos, provando que teria sido impossível matar e incinerar tanta gente em tão pouco tempo. A imagem das câmaras de gás é forte e persuasiva, mas não foi ali que morreu a maior parte dos judeus executados pelos nazistas. O genocídio ocorreu em diferentes fases. Um número substancial de judeus foi morto em sanatórios e clínicas alemãs antes mesmo de a guerra começar. O encarceramento de judeus em guetos começa com o início da guerra. Ali foram criadas as piores condições de vida possíveis, a fim de que os judeus “desaparecessem” por frio, fome e doenças. Um verdadeiro massacre de dimensões continentais começou com a invasão da URSS pelos alemães em 1941. Foram criadas forças-tarefas encarregadas de identificar, aprisionar e matar todos os membros do partido ou do governo soviéticos e também os judeus. Estas pessoas, em sua grande maioria judeus, eram mortas por pelotões de fuzilamento. Calcula-se que cerca de 1,5 milhão de judeus tenham sido mortos por esses métodos. À medida que a guerra ia demandando cada vez mais soldados alemães, os judeus passaram a ser retirados dos guetos e usados como mão de obra escrava. Novamente as miseráveis condições de vida cumpriram a tarefa de “desaparecer”; com os judeus. Provavelmente outro 1,5 milhão de judeus morreu desta forma. Finalmente, a partir de 1942 teve início a “solução final”, nos campos de extermínio. Na menor estimativa cerca de 1,5 milhão de judeus morreram nestes campos.
      Enfim, eis as contas do eminente historiador Prof. Dennison de Oliveira2:
      Em sanatórios e clínicas – número substancial.
      Em fuzilamentos – calcula-se 1.500.000.
      Em fábricas – provavelmente 1.500.000.
      Na “solução final” – estima-se 1.500.000.
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      Total: 4.500.000 + número substancial.
      Mas professor, não eram seis milhões ? … Cadê os outros?!

      NOTAS:
      1 LOPES, José Marcos, História negada, entrevista com o Prof. Dennison de Oliveira, Gazeta do Povo, Curitiba, 7 de julho de 2009.
      2 Depois de várias décadas de mentiras e de truculenta imposição de “fatos mais do que provados” sobre o alegado “holocausto judeu“, agora, e frente às contestações doRevisionismo Histórico, as certezas judeo-sionistas vão dando lugar a expressões como: calcula-seprovavelmenteestima-se ou, na minha imaginação era verdade.


      Fonte: http://alfredobragasobcensura.wordpress.com/

      Hungria propõe fazer lista de judeus perigosos


      Artiom Kobzev



      RIA Novosti


      Na Hungria eclodiu um escândalo anti-semita. O líder de um partido parlamentar lançou a proposta de elaborar uma lista de judeus que alegadamente colocam em causa a segurança nacional.


      O autor da iniciativa escandalosa é Gyongyosi Márton, um dos dirigentes do partido nacionalista Jobbik. No decurso de debates parlamentares dedicados ao conflito na Faixa de Gaza ele qualificou Israel de um Estado nazista, tendo equiparado o chefe da diplomacia israelense, Avigdor Liberman, ao maior ideólogo nazi Gebbels. Depois disso, Gyongyosi Márton anunciou ter chegado a altura de esclarecer o número de deputados judeus na Hungria, sendo necessário identificar a origem daqueles que constituam a ameaça à segurança do país. Não obstante a falta de cortesia política, o discurso proferido não causou surpresa aos peritos. A emissora Voz da Rússia pediu um comentário ao diretor do Centro de Pesquisas Europeia e Internacionais junto da Escola Superior da Economia, Timofei Bordatchiov.

      "Convém acentuar que o partido Jobbik não esconde que o anti-semitismo e o anti-ciganismo são elementos da sua plataforma ideológica. Estes slogans figuraram na campanha eleitoral de 2009 quando o partido angariou mais de 14% dos votos e, mais tarde, acabou por formar uma bancada parlamentar bastante representativa. Por isso, tal retórica não é nova."

      Ao contrário do que aconteceu entre os politólogos, o apelo escandaloso causou a indignação dos judeus húngaros. Em sinal de protesto, a Fundação Raoul Wallenberg convocou um comício ao pé do Parlamento em que participaram cerca de 1000 pessoas. O escândalo teve repercussões em várias entidades judaicas estrangeiras. Assim, o Conselho Central de Judeus da Alemanha anunciou ser necessário introduzir sanções contra o partido Jobbik, cabendo ainda à União Europeia dar a entender à Hungria que os discursos arrogantes como esse são inadmissíveis. As autoridades húngaras também se apressaram a condená-los. O Ministério das Relações Exteriores salientou na ocasião que o país presta homenagem às vítimas do holocausto. Isso significa que os conceitos ideológicos preconizados pelo Jobbik não são partilhados por muitos húngaros, assinala a chefe do Departamento de Pesquisas do Leste Europeu do Instituto da Europa, Liubov Chichelina.

      "Tais declarações e postulados formulados pelo Jobbik já se tornaram rotineiros. Mas, o mais interessante é que, para além de ânimos anti-semitas, o partido decidiu livrar-se dos judeus da própria bancada parlamentar. Há dois meses houve um caso desses. Mas não seria correto fazer conclusões sociológicas gerais baseando-se no exemplo do partido nacionalista Jobbik."

      Não é a primeira vez que o Jobbik se manifesta como um partido da direita radical. Embora o caso não deva ter consequências sérias, na Hungria continuam a fazer-se sentir os ânimos nacionalistas. Nesse contexto, as declarações provocatórias de Gyongyosi Márton podem fazer engrossar a lista dos apoiantes desse partido nas próximas eleições legislativas. Quanto à ressonância internacional, sabe-se bem que na UE existe a prática de dois pesos e de duas medidas. Na ótica de Bruxelas, aquilo que se considera inadmissível na França ou Alemanha, é aceitável nos países que ingressaram na UE há relativamente pouco tempo.


      Fonte: VOZ DA RUSSIA

      Fugiu, com medo do "jegue" !!!!

      A mulher em questão desmentiu a afirmação de que " tamanho não é documento" .

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      Tamanho do pênis de cliente faz prostituta fugir de programa

      Uma prostituta fugiu de um programa ao ver o tamanho do pênis do cliente, em Mtwapa, no Quênia. A mulher foi flagrada deixando o hotel às pressas.

      Para o site Nairobi Wire, ela contou que "em dez anos neste negócio, nunca tinha visto nada igual ao que aquele homem tinha". Contou ainda, que caso ficasse, "poderia morrer ou tomar pontos".

      A prostituta foi fotografada por um hóspede de outro quarto durante sua fuga.
      Mulher fugiu de programa com medo do tamanho do pênis de cliente | Foto: Reprodução Internet

      MAIS UMA DESEMBARGADORA PREMIADA POR HAVER COMETIDO ILICITUDES - Vergonha!!!



      CNJ aposenta ex-presidente de tribunal 

      POR FREDERICO VASCONCELOS


      Por unanimidade, o plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu aposentar compulsoriamente nesta terça-feira (27/11) a desembargadora Willamara Leila de Almeida, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Tocantins.

      Processo administrativo (*) relatado pelo conselheiro José Roberto Neves Amorim concluiu que houve conduta incompatível com o exercício das funções: processamento irregular de precatórios; incompatibilidade entre seus rendimentos e a movimentação financeira; designação de magistrado em ofensa ao princípio do juiz natural; coação hierárquica; promoção pessoal por meio de propaganda irregular; irregularidades na gestão administrativa e apropriação de arma recolhida pela Corregedoria-Geral da Justiça do Tocantins.

      A desembargadora é investigada pela Polícia Federal e responde a inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

      O relator citou fatos que demonstram o envolvimento da magistrada com advogados que fraudavam o processamento dos precatórios judiciais.

      Relatório da Polícia Federal revela a participação do marido da magistrada no esquema de liberação indevida de precatórios.

      A desembargadora também determinou a substituição de um juiz na condução de dois processos em que ela própria, na condição de devedora de instituição financeira, pleiteava o cancelamento do protesto e a nulidade das cláusulas do contrato de abertura de crédito, violando instrução do tribunal.

      (*) PAD 0005107-69.2011.2.00.000

      De uma Justiça que ainda padece de "colonialismo agudo" não se pode esperar muito, quando a discussão abrange religião


      Pedido de retirada de "Deus seja louvado" das notas de real é negado

      Segundo a decisão judicial, a menção a Deus nas notas do real "não parece ser um direcionamento estatal na vida do indivíduo que o obrigue a adotar ou não determinada crença"


      A Justiça negou ontem o pedido feito pelo Ministério Público Federal de São Paulo para retirar a expressão "Deus seja louvado" das cédulas do real.

      Segundo a decisão judicial, a menção a Deus nas notas do real "não parece ser um direcionamento estatal na vida do indivíduo que o obrigue a adotar ou não determinada crença", afirma a decisão sobre a ação. "Assim como também não são os feriados religiosos e outras tantas manifestações aceitas neste sentido, como o nome de cidades".

      A sentença é da 7ª Vara da Justiça Federal. A decisão é provisória e pode ser revogada ou modificada.

      No início de novembro, o Ministério Público de São Paulo entrou com uma ação civil pública para pedir que as novas cédulas de real passassem a ser impressas sem a expressão "Deus seja louvado".

      O pedido, feito pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, afirma que a existência da frase nas notas fere os princípios de laicidade do Estado e de liberdade religiosa.


      O Banco Central defende que este tema deve ser debatido pelo Conselho Monetário Nacional e que há "inexistência de verossimilhança das alegações" e [...] que estas não violam os princípios constitucionais do Estado Laico e da liberdade religiosa".

      "De fato, não foi consultada nenhuma instituição laica ou religiosa não cristã que manifestasse indignação perante as inscrições da cédula e não há notícia de nenhuma outra representação perante o Ministério Público neste sentido", reconhece a decisão judicial da 7ª Vara. "A alegação de afronta à liberdade religiosa não veio acompanhada de dados concretos, colhidos junto à sociedade, que denotassem um incômodo com a expressão 'Deus' no papel-moeda."

      O pedido de retirada da expressão causou polêmica sobre a possível alteração das notas de real. Um dos críticos foi o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que foi responsável por incluir a frase nas cédulas da moeda brasileira quando foi presidente da República, em 1986. Sarney classificou a ação como "falta do que fazer" do Ministério Público.

      A Igreja Católica também criticou a ação. "Questiono por que se deveria tirar a referência a Deus nas notas de real. Qual seria o problema se as notas continuassem com essa alusão a Deus?", afirmou dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, em nota.

      Fonte: GAZETA DO POVO