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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Canga parou de beber, as pedras estão a abandoná-lo

Vai aqui o nosso abraço e votos de pronta recuperação, ao guerreiro do Campeche.
Não sabia que fazia "cálculos". Pensei que só produzia textos.
Nesta hora é que o carinho da meiga Luíza deve fazer a diferença.
Chá de folhas de beterraba costuma ajudar na limpeza.
Saúde, índio véio!

Música: ARMIK - Violonista exímio



Irã acusa Israel de estar por trás de ataque cibernético


A República Islâmica do Irã culpou Israel pelo recente ataque de um vírus cibernético. O vírus “Flame” provocou danos consideráveis, resultando na perda e no comprometimento de dados importantes, informou o centro iraniano Maher.
Até agora não foram identificados os responsáveis pelo incidente, mas especialistas acreditam que, devido à sua complexidade, apenas um país pode ter desenvolvido o vírus.
As acusações giram em torno de Israel devido às declarações do vice-primeiro-ministro de Israel, Moshe Yaalon, de que “vale tudo para deter o programa nuclear iraniano” – inclusive por meio de um vírus cibernético.
No entanto, Yaalon suavizou seu posicionamento pelo Twitter, horas mais tarde: “Existem vários países no Ocidente com ampla capacidade tecnológica e que veem o Irã, e particularmente o seu programa nuclear, como uma ameaça significativa”, destacou, “esses países têm, provavelmente, a capacidade de lançar uma ciberguerra”.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã disse, utilizando as declarações de Yaalon, que “altos oficiais israelenses praticamente admitiram ter criado o malware mais complexo da história” e que “Moshe Yaalon, o vice-primeiro-ministro de Israel, disse para a rádio militar que deveria ser tomada qualquer medida, por mais dura que fosse, para prejudicar o Irã”.
O porta-voz do Ministério iraniano declarou que os “regimes ilegítimos estão propagando vírus para prejudicar os outros”, fazendo referência a Israel. O Irã tem o costume de se referir ao Estado israelense como uma simples “entidade sionista” para evitar chamá-lo de “Israel”.
Fonte: COISAS JUDAICAS
 

O primeiro Rabino das Américas!


Rabino Isaac Aboab da Fonseca


Fonte: Bandeirantes Espirituais do Brasil – Rabino Y. David Weitman

Shavei Israel


Sua Vida
 
Rabino Isaac Aboab da Fonseca nasceu em 1605, em Castro Daire, distrito de Viseu, na Beira Alta, Portugal. Quando ele ainda era criança, seus pais, David Aboab e Isabel da Fonseca, fugindo da inquisição, emigraram par S. Jean de Luz, na França. E, 1612, então com 7 anos, mudaram-se para Amsterdã, local acolhedor para os refugiados da Península Ibérica. Nesta cidade seu pai faleceu cedo e o órfão tornou-se discípulo do Chacham Isaac Uziel, de Fez. Sua erudição era tanta que aos 14 anos foi eleito Chazan (oficiante litúrgico) da congregação Neveh Shalom. Aos 18 anos foi Rubi (mestre-escola) e, aos 21 anos, foi oficialmente nomeado rabino da congregação Beth Israel de Amsterdã. Por volta de 1638-1639, quando esta congregação se uniu às outras duas já existentes sob o nome comum de Talmud Torá, ele permaneceu como o mais jovem dos quatro rabinos da nova entidade ensinando gramática e primeira lição de Guemará, e fazendo as prédicas da noite, recebendo um salário anual de 450 florins.

Consta nos registros de Amsterdã que em 1641, a Congregação Unida Talmud Torá decidiu que o Chacham Isaac Aboab seria substituído nas suas funções de ensino de Gramática e Talmud pelo seu colega de classe Chacham Menasseh bem Israel, fato que permitiria sua viagem a Pernambuco, Brasil, onde havia uma crescente comunidade judaica e sinagoga desde 1636. Porém, não se sabe a data exata da chegada do Chacham ao Brasil, que gira em torno de 1641 – 1642.

Rabino Isaac Aboab da Fonseca liderou um grupo numeroso de judeus portugueses de Amsterdã para o Brasil. Com ele, no navio, estava seu colega mais jovem, Rabino Mosseh Rephael d’Aguilar. Em Recife, a sinagoga funcionou primeiramente em uma casa alugada e mais tarde foi construído um templo próprio em dois sobrados na rua que passou a se chamada Rua dos Judeus. Os manuscritos dos estatutos reformados e das atas da comunidade Tsur Israel (Rochedo de Israel), reproduzidos no início deste livro, demonstram que a congregação era constituída de pessoas eruditas, como professoras e o Shochet (Bodek – encarregado do abate ritual das aves). Também fica patente que a congregação, durante seus quase 20 anos de existência, manteve uma estrutura comunitária perfeita, com instituições exemplares, como escolas, sociedades de caridade, cemitério, micvê, etc. 

   Interior da Sinagoga de Recife, fundada por Isaac Aboab da Fonseca
O que se pode afirmar é que Rabino Isaac Aboab foi o primeiro rabino e autor de textos literários e litúrgicos, em língua hebraica, das Américas, atuando como guia espiritual da comunidade Tsur Israel de Recife desde a sua chegada até sua partida, em 1654. Rabino Isaac Aboab era também Mohel (aquele que pratica a circuncisão) no Recife, além de celebrar os casamentos.
Após chegar ao Brasil, seu profundo amor ao próximo fez com que Aboab se empenhasse em fazer retornar ao judaísmo conversos que vieram a esta terra antes da ocupação holandesa. Manoel Gomes Chacão, cristão-novo de Itamaracá que se mudou para Recife, relatou, após ter sido preso e levado para julgamento na inquisição de Lisboa, que o Chacham Aboab do Recife convenceu-o a se fazer judeu.

Grande teólogo, Aboab defendia ardentemente a tese de que o pecador judeu, por mais graves que fossem seus pecados, jamais seria punido com a extinção eterna. Seu corpo poderia ser punido, porém sua alma, que vem de Cima, retornaria intacta à Sua Fonte, depois de purificada dos pecados pelo sistema de transmigração, como consta nos livros cabalísticos.

Esta crença, pregada publicamente por ele, adequava-se perfeitamente não só aos marranos, fugitivos de países inquisitoriais para abrigar-se e retornar à fé ancestral em Amsterdã, como também aos cristãos-novos acomodados à sua nova fé, que nem tentaram emigrar para lugares onde o judaísmo fosse tolerado.

Apesar de muitos atribuírem causas exclusivamente financeiras para a sua viagem ao Brasil, é bem provável que o verdadeiro motivo fosse espiritual: a dispersão missionária dos judeus em todas as partes do mundo era condição essencial para o advento do tempo messiânico. Creditando tudo à Providência Divina, Aboab também interpretava positivamente para o mesmo fim a transmigração comum de judeus de um país para outro. Em sua obra principal Paraphrasis, ele afirma que a dispersão dos judeus pela Diáspora possuía uma qualidade dupla, conservativa e missionária.

É importante salientar que as insurreições das tropas luso-brasileiras, desde 1645, arruinaram economicamente os judeus de Recife, bem como os habitantes de Pernambuco, tornando-os, em sua maioria, pobres. Todavia, enquanto os pregadores calvinistas trocavam o Brasil pela Holanda apressadamente desde que irrompeu a rebelião, Rabino Isaac Aboab lá permaneceu até que o último judeu deixasse o Recife. Como um capitão fiel que não abandona seu navio, o Chacham embarcou para Amsterdã três meses depois da reconquista e vitória dos portugueses, em 26 de janeiro de 1654.

De volta à Holanda, em 1654, o Chacham Isaac Aboab foi restituído ao cargo que ocupava na Congregação. Esta readmissão deu-se pelos “seus méritos passados e presentes e ser ele geralmente querido de todo Kahal Kadosh”. Após seu retorno, Aboab participava com sermões de ardor dos ofícios solenes dedicados à memória dos mártires da inquisição e lecionava uma classe de Guemará e Tossafot.

Em 1656, foi eleito Rosh Yeshivá da Academia Talmúdica de Torá Or instituída pelos filantropos Efraim Bueno, renomado médico, e o magnânimo Abraham Pereyra. Rabino Isaac Aboab foi um pregador de reputação, tendo pregado mais de mil sermões. Era um notável conhecedor de Teologia, Física e Metafísica. Foi um célebre poeta, harpista e melodioso cantor.

A sua Academia produziu discípulos respeitados, e a sua pena, tratados de vastíssima erudição. Com efeito, além de poeta e pregador eloqüente, Aboab também imergiu na erudição e na mística então em voga, e se dedicava à elaboração de tratados especializados de acordo com o pensamento filosófico de seu tempo. Após o falecimento de Rabino Saul Levi Mortera em 1660, Rabino Isaac Aboab tornou-se presidente do Tribunal Rabínico, posição idêntica à de Rabino –Mor da Congregação Unida Talmud Torá.

Rabino Isaac Aboab da Fonseca era conhecido também por intelectuais não-judes, contemporâneos e posteriores. O bibliógrafo português Antônio Ribeiro dos Santos (1745 – 1818) registrou: “O padre Antônio Vieira o ouviu pregar diversas vezes, maravilhando-se por seu grande juízo e sua ampla e excessiva sabedoria, costumando dizer sobre Menasseh e ele que Menasse dizia o que sabia, e que Aboab sabia o que dizia”.

O grau de intelectualidade de Aboab pode ser comparado pela lista dos livros que compunham sua biblioteca particular, uma das mais ricas de Amsterdã naqueles tempos. Segundo o catálogo, ela constava de mais de 500 títulos, livros e manuscritos, acerca dos mais variados assuntos, na sua maioria em hebraico, além de outros em grego, latim, espanhol, italiano e francês. Obras de Cabalá, história de Portugal, geografia de vários países, sobre a Igreja, tradução hebraica dos Evangelhos, clássicos gregos e latinos. No prólogo de seu Paraphrasis comentado, Aboab confessara em sua humildade característica, que poucos dos comentários da obra cabiam a ele, visto “que la mayor parte es sacado de los mas famosos autores de que consta mi Biblioteca”.

Apesar de sua excessiva modéstia, podemos comprovar a sua excelência e erudição pelo grande número de Hascamot (aprovações) solicitadas e concedidas por Rabino Aboab aos autores de célebres obras contemporâneas.

Dentre vários registros da comunidade de Amsterdã, encontramos atos de benevolência , sociais e judiciais realizados por Aboab, com destaque para a sua atuação como um dos juízes do Beit Din (Tribunal Rabínico) que excomungou o filósofo Baruch Spinoza, a 27 de julho de 1656, sendo que foi o próprio Aboab quem leu a sentença de excomunhão.

Respeitado por todos, conseguia Rabino Aboab fazer passar suas decisões e reconciliações por ocasião do aparecimento de graves conflitos na vida comunitária. Em 1681, Aboab interveio para apaziguar as discórdias na Irmandade caritativa Maskil el Dal (Socorro aos pobres) mediante uma decisão judicial rabínica; e em 1683, ajudou a acalmar pessoalmente, do púlpito da sinagoga, e impor sua decisão reconciliatória num conflito decorrente do sistema de eleição de novos diretores para o Conselho da Congregação, evitando maiores distúrbios na comunidade.

Em 1670, Aboab alertou a Congregação sobre a necessidade de alargar a sinagoga, por falta de espaço suficiente. Seu pedido e incentivo resultou na construção da célebre Grande Sinagoga Portuguesa de Amsterdã, inaugurada festivamente em 1675. Na cerimônia de inauguração da sinagoga, Aboab recebeu a honra de levar o Sefer Torá para a leitura e compôs vários poemas para a ocasião. Agora, como rabino da nova sinagoga, ele ganhava 950 florins, 200 cestos de turfa (um combustível caseiro) e 40 matsot.

Como reconhecimento, o nome de Rabino Aboab foi inscrito na entrada principal do edifício junto com o versículo “Quanto a mim, através de Tua abundante benevolência, entrarei em Tua Casa” – Aboa betecha (Salmo 5:8), além da data do início da construção 1672.

Anos depois, quando alguns particulares quiseram construir uma nova sinagoga, contrariando o que havia sido previamente combinado, Rabino Aboab apaziguou a situação e pediu ajuda por carta ao Rabino Shmuel Aboab (Veneza), que lhe respondeu com palavras de grande honra: “Eu rezo ao D-us Vivo para ajudar a manter a honra de seu nome em prol do seu povo e a glória do seu conhecimento da Torá, para que possa subir e elevar-se sublimemente com paz e força”.

Nos últimos momentos de sua vida, sua visão enfraqueceu. Em 1692, passou a ser ajudado por dois chazanim que o acompanhavam na leitura das ketubot (contratos de casamento), ofício que exercera a partir de 1660. No ano seguinte àquela designação, Shabat, 27 de Adar II, 5453, (sábado, 4 de abril de 1693)falecia com 88 anos de idade, o velho Chacham que em vida “de todos era muito venerado e amado”, e “feliz em vida e morte, administrou (o seu povo) por 70 anos”. No leito de morte sugeriu como seu sucessor Rabino Jacob Sasportas, que o substituiu como Rabino-Mor.

O corte fúnebre foi realizado com uma pompa jamais vista. Acompanhado pelos dirigentes e rabinos da Congregação, além de grande público, seu corpo foi transportado ao cemitério. O cortejo contou ainda com a presença de representantes diplomáticos de Marrocos, da Espanha e de Portugal. Antes de ser levado ao seu repouso eterno, Chacham Rabi Shelomo Oliveira pregou em português, enquanto que o Chacham Ashquenazi Rabi Moshe Yehuda (Leib Charif) discursou em hebraico. Durante o período tradicional de luto, foram proferidos vários outros sermões fúnebres por todos os rabinos de Amsterdã.

Aboab foi sepultado no cemitério judaico-português de Ouderkerk, nas margens do rio Amstel, ao lado de sua primeira esposa Esther, falecida em 1669. Vários outros vultos históricos do judaísmo holandês também se encontram no mesmo cemitério. Próximo a esses túmulos encontra-se a sepultura de sua segunda esposa, Sara, falecida em 1689.

O Chacham deixou dois filhos – David e Abraham – e uma filha, Judith. David era lapidador de diamantes e casou-se com Rachel Velosino, nascida no Brasil, filha do chazan da congregação Tsur Israel do Recife, Yehosuah Velosino. David como seu pai, exerceu também como chazan da Chevrá Kadishá. Judith casou-se com o erudito Danioel Belillos. Esse era filho do cristão-novo Balthazar da Fonseca, de Recife, que retornou ao judaísmo após a conquista holandesa, adotando o nome de Samuel Belillos, um dos judeus mais ricos do Brasil holandês, que construiu uma ponte entre Recife e Maurícia. Rabino Daniel Belillos era professor na escola Ets Haim de Amsterdã, foi Rosh Yeshivá de Masquil el Dal e de Temimé Derech e alguns de seus sermões foram impressos.

A vida e memória de Rabino Isaac Aboab foram perpetuadas de várias maneiras na comunidade de Amsterdã; pela inscrição de seu nome, ainda em vida, no pórtico da Grande Sinagoga, por gravuras de sua imagem lavradas em lâminas de cobre por artistas contemporâneos e pela inclusão de seu nome e data de falecimento nas Ketubot que daí por diante se celebrassem, por um certo período. Esses fatos comprovam que Isaac Aboab da Fonseca foi um rabino que, literalmente, marcou uma época.
 
Fonte: COISAS JUDAICAS

Assumindo sua judeidade?


Reynaldo Gianecchini em Jerusalém


Reynaldo Gianecchini se emocionou ao visitar Jerusalém. A convite do Ministério do Turismo de Israel, o galã conheceu de perto o Muro das Lamentações. Em sinal de respeito, o ator usou uma quipá, uma vez que é necessário cobrir a cabeça para chegar perto do muro.

Para a viagem que começou na semana anterior, Reynaldo organizou um roteiro especial  no qual incluiu vários pontos culturais, históricos e religiosos de Israel como Tel Aviv, a região do Mar Morto, o sítio arqueológico de Masada, a região Norte de Israel e a cidade antiga de Cesareia, o porto de Haifa, Safed (a cidade cabalística) e, por fim, Jerusalém, cidade considerada sagrada para as três principais religiões monoteístas do mundo.



Fonte: COISAS JUDAICAS

Mais uma esquisitice religiosa

Suíça condenada a três anos de prisão

Rapta bebé para reencarnar a mãe

Uma psiquiatra foi condenada a três anos de prisão, por um tribunal suíço, por ter raptado uma bebé na Roménia para poder, através dela, reencarnar a sua mãe morta.


Constanta Albumel, de 40 anos, e o marido viajaram de Zurique até Timisoara, na Roménia, onde raptaram a bebé de um hospital.
Segundo o ‘Daily Mail’, o caso ocorreu em Outubro de 2009, quando a mulher, mãe de duas crianças e natural da Roménia, ficou obcecada com a ideia de reencarnar a sua mãe falecida.
A psiquiatra realizou rituais de xamanismo e entoou cânticos sobre a criança. O objectivo era que a sua falecida mãe reencarnasse na bebé.
O marido, especialista em tecnologia, associou-se ao plano de Constanta depois de ela ter ameaçado com o divórcio.
O caso foi resolvido em dois meses, depois da polícia romena ter pedido a colaboração da Interpol. Aquando da detenção, a mulher confessou o rapto.

Fonte: CORREIO DA MANHÃ (Portugal)

Igreja com medo de roubo esconde sino



 

Pelo visto a violência não é apenas brasileira. Em Portugal, para evitar que um sino de 200 quilos seja roubado, a paróquia de Atouguia da Baleia, em Peniche, decidiu retirar o sino da torre direita da Igreja da Senhora da Conceição.

A decisão foi tomada após uma tentativa de roubo frustrada. A crescente onda de roubo e peças de metal na região têm deixado as paróquias preocupadas com peças como sinos e estátuas.

Para evitar a perda do sino de bronze, ele foi retirado da igreja e exposto em um museu, que segundo o responsável pela igreja, é seguro.

“Uma vez que é um sino secular, achamos por bem expô-lo no centro interpretativo, em vez de deixá-lo na torre sujeito a outros perigos”, explicou o pároco Gianfranco Bianco, em entrevista à emissora portuguesa TVI 24.

Já houve tentativa de roubar o sino. O que atrai os ladrões é o valor que podem conseguir vendendo os 200 quilos de bronze da peça. O sino data de 1891 e já não era tocado há muito tempo, devido a uma rachadura.

Na última tentativa de roubar o sino, um grupo tentou chegar ao alto da torre com uma escada rudimentar, feita por eles mesmos. Como a tentativa foi frustrada, os ladrões tentaram entrar na igreja pela janela.

No fim, eles derrubaram o sino, provocando um estrondo que acordou a vizinhança. A polícia foi acionada e o grupo fugiu.

“Como o objetivo não era guardá-lo, mas antes derretê-lo, os duzentos quilos de bronze iriam render muitos milhares de euros”, observou o pároco.

Gianfranco Bianco disse ainda que espera que a onda de roubos de peças de bronze não impeça o sinos de continuarem tocando nas igrejas e pediu que as demais paróquias tentem manter seus sinos nas torres.

“Não estão mecanizados e são tocados à mão e, quando há festa, tocam a repique. É uma tradição que espero que se mantenha” destacou.
Fonte: Christian Post, viaJORNAL MUNDO GOSPEL

Pastora afirma que foi 15 vezes ao inferno e diz que existem “vales” para homossexuais


 Ela relata que há uma vale para idólatras, homossexuais, pastores e até mesmo apresentadores de TV

Um vídeo de um culto gravado em 2011 tem ganhado destaque em diversos sites e blogs, nele a pastora Yonara Santo relata que foi ao inferno 15 vezes conhecendo os vales onde ficam os homossexuais, os traficantes e os pecadores.

Se baseando em experiências pessoais, ela conta que também foi levada sete vezes ao Céu, podendo descrever com detalhes o que ela viu nesses lugares.

Essa experiência virou pregação, mas também foi relatada no Blog pessoa de Yonara. As postagens também datadas em 2011 mostram cada um desses vales que são destinados a idólatras, desviados, prostitutos, suicidas, levitas atuantes e até mesmo para apresentadores de TV.

Os relatos são chocantes e estão sendo adaptados para desenhos, de acordo com textos do blog, e em breve serão exibidos. Yonara conta que foi homossexual, alcoólatra, satanista e que durante um processo de libertação foi levada pelo próprio Deus para conhecer o inferno e também o céu.

Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br

Pregador mirim canta que homossexuais não entrarão no céu e causa polêmica



Vídeo de pregador mirim acirra ânimos no embate gays X pastores

por Jarbas Aragão




 
Pregador mirim canta que homossexuais não entrarão no céu e causa polêmica

Ainda repercute o culto na Igreja Batista de Maiden, na Carolina do Norte, onde o pastor Charles Worley afirmou que se os homossexuais fossem isolados seriam extintos, por serem incapazes de se reproduzir. Sua afirmação de que os gays deveriam ser confinados em uma cerca eletrificada gerou ondas de protestos, enquanto muitos defenderam seu direito de expressão.

Mas esta semana um novo vídeo passou a ser foco de manifestações pró e contra a homossexualidade na internet, sobretudo nas redes sociais. Há alguns “pregadores mirins” que recitam a mensagem do evangelho com fervor e cativam a atenção dos fiéis. Contudo, quando um garoto canta uma mensagem antigay em uma igreja, gera surpresa de alguns e terror em outros.

Uma reunião recente do Apostolic Thruty Tabernacle [Tabernáculo da Verdade Apostólica] em Greensburg, Indiana, foi filmada e tem recebido muita atenção por conta de um menino não identificado cantando uma música que afirma “Nenhum homossexual vai pro céu”.

Como ele não tem mais que cinco anos de idade, esta demonstração foi classificada como “intolerante” e já gerou protestos, onde os críticos afirmaram que a igreja está fazendo uso de “violência contra a criança”.

Após o final da canção, o vídeo mostra a multidão de adultos aplaudindo, alguns de pé. Uma voz masculina pode ser ouvida gritando: “Esse é o meu garoto.” A reação geral, ao que parece, mostra que o conteúdo da música agradou os fiéis.

A questão é se uma criança tão pequena entende o que diz a letra: “A Bíblia está certa, alguém está errado, A Bíblia está certa, alguém está errado. Romanos um, 26 e 27, nenhum homossexual vai pro céu”…

O Huffington Post destaca que uma série de sites e blogs ligados ao movimento LGBT teceram comentários incisivos contra o vídeo, alegando que o menino foi, sem dúvida, treinado por adultos para cantar na igreja.

A escritura Anne Rice, famosa pelo romance “Entrevista com o Vampiro” também postou o vídeo em sua página do Facebook , acrescentando que “Neste país, os cristãos podem ensinar crianças a odiar e perseguir, e nós, através da isenção fiscal automática para igrejas, ajudamos a financiar isso”.

Assista:


Traduzido e adaptado de Huffington Post e The Blaze

Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br

Fuga de capitais da Espanha bate record



La salida de capitales de la economía española sobrepasa todos los récords

La retirada de fondos llegó en marzo a 66.200 millones, casi el doble que el anterior máximo
Casi un tercio del saldo se debe a la liquidez que colocan bancos españoles en el exterior
En nueve meses, han salido 200.000 millones en recursos financieros de la economía española
El dinero que salió de bonos y acciones españoles multiplica por diez los datos de hace un año

Alejandro Bolaños Madrid 31 MAY 2012 - 12:27 CET338





Fuente: Banco de España y Tesoro Público. / El País

La prima de riesgo de la deuda pública es el principal indicador de la desconfianza en España. Pero hay otros, tan o más críticos para una economía abierta, que arrojan lecturas muy negativas. Según los datos que acaba de difundir el Banco de España, la salida de capital financiero de la economía española pulverizó todos los récords en marzo. Entre lo que retiraron los inversores internacionales y lo que inversores españoles colocaron en el exterior salieron 66.200 millones, casi el doble que en diciembre pasado, el mes que marcaba hasta ahora el techo. Más de un tercio de ese saldo negativo se debe a dinero español que se ha ido a depósitos y préstamos extranjeros, un movimiento que se ha acelerado de forma vertiginosa y que se corresponde, en su inmensa mayoría, con operaciones de bancos españoles.

En toda la serie estadística, que el Banco de España inicia en 1990, no se registra una fuga de capital de estas dimensiones. Se encadenan ya nueve meses de saldos negativos en la inversión financiera neta del exterior, una brecha por la que se han perdido ya 194.000 millones desde julio pasado, la mitad (97.000 millones) en los tres primeros meses de este año. Y lo que ha ocurrido con la Bolsa española en abril y mayo, donde las ventas se han impuesto por goleada a las compras, respalda la idea de que esa sigue siendo la tendencia actual. Otras estadísticas, más recientes, van en la misma dirección: en abril, la deuda pública en manos de inversores internacionales apenas llegó al 37%. También ese mes la banca perdió casi un 2% de los depósitos de empresas y hogares, la segunda mayor caída de la era euro.


Las inversiones de españoles en depósitos y préstamos extranjeros se ha acelerado

En el abultado saldo negativo de marzo pesa sobre todo la evolución de lo que el Banco de España denomina otras inversiones, un grupo que incluye préstamos y depósitos. Aquí la retirada de capital es de más de 46.000 millones, y se debe incluso en mayor proporción a lo que inversores españoles han colocado en el exterior (26.164 millones), que a lo que han retirado inversores extranjeros de activos españoles (20.248 millones). En ambos casos son cifras récord, pero lo más llamativo es la fuga de capitales españoles al exterior, con una intensidad muy superior a la de meses precedentes.

La explicación de ese movimiento tan intenso radica, en casi totalidad, en decisiones del mercado interbancario. Las entidades españolas colocaron 19.704 millones en depósitos y operaciones temporales de cobertura con bancos extranjeros. Es, de nuevo, sin precedentes, que responde a la necesidad de colocar liquidez (tras las dos inyecciones multimillonarias del Banco Central Europeo). Y también, una señal de desconfianza en el interbancario español, algo que también se aprecia en la progresiva retirada de entidades extranjeras. Las Administraciones Públicas españolas también han colocado una importante cantidad de dinero en este tipo de inversiones financieras en el exterior, casi 5.000 millones. No es el caso de empresas y familias, donde las salidas de recursos financieros se situó en magnitudes (1.477 millones en marzo) menos relevantes en la serie estadística.

En las inversiones en cartera, que incluye acciones y bonos, el saldo negativo se debe casi en exclusiva a los inversores extranjeros. Aquí la retirada del capital internacional (22.633 millones) es brutal, casi el doble que los máximos mensuales anteriores, y diez veces más que en marzo de 2011, como bien habían reflejado ya las cotizaciones de los mercados financieros. Por último, las inversiones directas de sociedades extranjeras en España mantiene un saldo positivo, aunque muy moderado, de apenas 2.800 millones.

Fonte: EL PAIS

Na ONU, dinamarqueses sugerem fim das polícias militares no Brasil


Foto: Ramiro Furquim/Sul21.com.br
Da Redação
Foi divulgado nesta quarta-feira (30) um relatório do Conselho de Direitos Humanos da ONU, avaliando este tema no Brasil. O relatório é parte do Exame Periódico Universal, ao qual todos os países-membros são submetidos. Diferentes nações fizeram 170 recomendações ao governo brasileiro. A Dinamarca sugeriu o fim das polícias militares, cobrando a redução de execuções pelo Estado no Brasil.
A Coreia do Sul abordou a existência “esquadrões da morte” nas polícias e a Austrália sugeriu que Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) semelhantes àquelas criadas no Rio de Janeiro sejam adotadas em outros países. A Espanha cobrou uma revisão dos programas de formação em direitos humanos para policiais, a fim de que seja revisto o uso desmedido de força.
O relatório ressalta que o Brasil precisa garantir que todos os crimes cometidos por agentes da lei sejam investigados de maneira independente combater a impunidade d crimes que calam juízes e ativistas de direitos humanos. Muitas delegações recomendaram melhoria das condições penitenciárias.
O tema da ditadura militar preocupa principalmente países vizinhos como o Paraguai que pediu que o Brasil siga na busca pela verdade e a Argentina que pediu “novos esforços para garantir o direito à verdade às vítimas de graves violações dos direitos humanos e a suas famílias”. A França também solicitou boas condições para que a Comissão da Verdade seja efetiva.

Com informações da EFE, via SUL 21

Moradores de rua detidos pela PM e fichados por vadiagem em cidade de SP



A Defensoria Pública de Franca, município localizado a 400 quilômetros de São Paulo, ingressou com habeas corpus coletivo em favor de moradores de rua da cidade pelo fim de uma operação policial que há dois meses promove revista e encaminha essas pessoas ao distrito policial para que sejam enquadradas por vadiagem.

“Com esse habeas corpus coletivo a defensoria pretende, liminarmente, ou seja, desde já, uma expedição de salvo conduto para que essas pessoas não sejam mais abordadas nas ruas”, disse o defensor público Caio Jesus Granduque José, em entrevista nesta quarta-feira (30) à Agência Brasil. A defensoria também pede o trancamento dos termos circunstanciados assinados pelos moradores nas delegacias.

Apesar de prevista na Lei de Contravenções Penais, o defensor público entende que a vadiagem é um tipo penal discriminatório. “Ela está prevista na Lei de Contravenções Penais que vigora desde 1941, na época do Estado Novo de Getúlio Vargas. É uma contravenção que, na própria redação do seu texto, é discriminatória porque prevê pena de detenção de 15 dias a três meses àquela pessoa que demonstrar habitualidade à ociosidade e que não tiver renda para comprovar essa situação”, disse.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a ação policial foi motivada pelas reclamações de moradores da cidade que se sentiam ameaçados pela forma agressiva de como eram abordados nos semáforos por essas pessoas. O juiz José Rodrigues Arimateia, da Vara de Execuções Criminais, então determinou que a polícia agisse no sentido de prender as que tivessem mandado de prisão expedido. A Agência Brasil procurou o juiz José Rodrigues Arimateia para falar sobre o caso, mas ele não está concedendo entrevistas.

De acordo com o defensor público, 52 moradores de rua foram detidos e levados para a delegacia de polícia, onde foi lavrado um termo circunstanciado e liberados após a assinatura do documento. O número de detidos não foi confirmado pela polícia.

Segundo o major Marcelo Trevisam, coordenador operacional da Polícia Militar, a ação não é contra os moradores de rua. “A ação policial está voltada contra aquelas pessoas que estejam no cometimento da contravenção penal de vadiagem, que é totalmente diferente da situação de pedintes e moradores de rua”, disse. A operação, segundo ele, é feita com patrulhamento preventivo e aborda pessoas que estejam em situação de “fundada suspeita”, atendendo ao Artigo 244 do Código de Processo Penal Brasileiro.

De acordo com o militar, a contravenção de vadiagem não foi revogada. “O que foi revogado é a contravenção de mendicância, portanto (vadiagem) não é inconstitucional até que seja eventualmente declarada como tal pelo Supremo Tribunal Federal”, ressaltou. O major disse ainda que o habeas corpus não chegou ao conhecimento da polícia e que cabe ao órgão respeitar o cumprimento da lei.

Procurada pela Agência Brasil, a prefeitura de Franca informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que há um programa no município, chamado de Busca Ativa, para o atendimento voluntário dos moradores de rua. O programa conta com a ajuda de psicólogos e assistentes sociais que abordam essas pessoas e as levam para um abrigo. Em média, entre 50 e 60 pessoas passam diariamente pelo abrigo onde recebem, além de orientação social, auxílio como passagem a fim de retornem para suas cidades de origem.

Com informações da Agência Brasil, via Sul 21

PSOL vai à Procuradoria-Geral da República contra Gilmar Mendes

O PSOL protocolou representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. O partido questiona a conduta do ministro no episódio que envolve diálogo dele com o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. No Senado, o servidor público do Distrito Federal, Cícero Batista Araújo Rôla, protocolou na Presidência da Casa pedido de impeachment de Gilmar Mendes
Fonte: AGÊNCIA BRASIL

Ajuris defende mudança nas regras de nomeação para o STF




PRESSÃO NO MENSALÃO


A Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) manifestou-se nesta quarta-feira (30/5) acerca da suposta pressão que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva exerceu sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, para que o julgamento do Caso do Mensalão seja adiado. No comunicado oficial, questionou a forma como as nomeações para a Suprema Corte são feitas.

“É preocupante o modo como, ao longo do tempo, são nomeados os ministros: com frequência, com vinculações estreitas com os governos que os nomeiam”, afirmou o presidente da Associação, Pio Giovani Dresch. “As regras de nomeação, que atribuem poder demasiado ao presidente da República, não podem continuar sendo essas.”

Segundo Dresch, a Ajuris já propôs modificações nessa sistemática, entre outras razões porque os ministros ficam expostos às pressões de quem os nomeia. O presidente também demonstrou preocupação com a “promiscuidade da política em Brasília, com seus encontros secretos e negociações que envolvem membros de diferentes poderes.”

Embora o presidente ressalte que a denúncia ainda precisa ser confirmada, ele avalia que o encontro carrega uma mácula, por suscitar a suspeita de que houve negociação política. “É inaceitável que Lula, na condição de ex-presidente, tenha ido ao encontro de um ministro do STF para propor algum tipo de negociação envolvendo o mensalão e a CPI do Cachoeira.”

Por fim, Dresch questiona, ainda, a demora do ministro Gilmar Mendes em comunicar a suposta irregularidade à imprensa, justamente em uma revista “acusada de práticas jornalísticas duvidosas e de envolvimento com o bicheiro Carlos Cachoeira.”

“O que deveria se esperar do ministro é que, com presteza, tivesse comunicado formalmente essa fala, e não esperar um mês para torná-la pública pela revista Veja. A Ajuris espera que os fatos sejam investigados formalmente e que a apuração contribua para sepultar, no Brasil, essa cultura política de troca de favores”, concluiu.
Revista Consultor Jurídico, 31 de maio de 2012

TJ-SP afasta desembargador para apurar pagamentos

PROCESSO ADMINISTRATIVO

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu nesta quarta-feira (30/5) abrir procedimento administrativo contra cinco desembargadores do tribunal para apurar o recebimento irregular de verbas atrasadas. Com isso, determinaram o afastamento do desembargador Alceu Penteado Navarro, tanto do TJ-SP quanto do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, do qual é presidente. Fica afastado até o fim do processo administrativo.
Dos cinco acusados, dois não estão mais na ativa. O desembargador Antonio Carlos Vianna Santos, presidente do TJ eleito para o biênio 2010-2011, morreu em janeiro do ano passado, antes de completar o mandato.
O desembargador Roberto Valim Bellochi, presidente do TJ antes de Vianna Santos, aposentou-se voluntariamente em 2009, quando deixou a Presidência. Ainda estão na ativa, portanto, os desembargadores Tarcísio Ferreira Vianna Cotrim, Fábio Gouvea e Penteado Navarro. Os três eram membros da Comissão de Orçamento do Tribunal, à época dos pagamentos irregulares dos atrasados.
EStima -se que 300 magistrados receberam verbas atrasadas de forma irregular, mas a investigação do TJ se concentrou nos casos considerados mais graves, tanto pelo valor dos pagamentos feitos, quanto pelo fato de os próprios desembargadores terem autorizado os desembolsos que os benficiaram. Bellocch recebeu R$ 1,44 milhão; Penteado Navarro, R$ 640 mil; Fábio Gouvêa, R$ 713 mil), e Vianna Cotrim R$ 631 mil.
Várias discussões
Quem relatou o caso foi o presidente do tribunal, desembargador Ivan Sartori. Explicou que, como Navarro é presidente do TRE de São Paulo, também autoriza os pagamentos lá. “Isso é muito perigoso”, alertou, pois “há indícios de que ele tenha cometido uma ilegalidade”. Teria violado, segundo Sartori, o princípio da isonomia, ao liberar pagamentos apenas a alguns servidores e magistrados.
Sartori havia pedido o afastamento de Navarro da Presidência do tribunal eleitoral, mas o desembargador Walter de Almeida Guilherme alertou que isso não poderia ser feito. Segundo ele, o TJ não poderia “fazer essa ingerência” no tribunal eleitoral, que é de competência federal. O máximo que o TJ pode interferir no TRE, segundo Guilherme, é indicar dois desembargadores para a corte. Mas a tese não foi acatada pela maioria.
Antes disso, o desembargador Gastão Toledo de Campos Mello Filho atentou para o caso de Bellochi. Como já se aposentou voluntariamente no fim de 2009, uma punição administrativa seria, na prática, “inútil”. Almeida Guilherme rejeitou o argumento. Disse que aquele era “um julgamento sobretudo moral”, e foi acompanhado pelos colegas. Como presidente do TJ, Bellocchi autorizou para si mesmo o pagamento antecipado de R$ 1,5 milhão em atrasados.
Já o desembargador Luis Soares de Mello votou pelo afastamento cautelar dos três desembargadores acusados que ainda estão na ativa. Os desembargadores Grava Brasil e Antonio Carlos Malheiros concordaram. Sartori foi contra. Disse que os outros dois não apresentavam perigo de atrapalhar o andamento do processo e já não integravam mais a Comissão de Pagamentos.
Muitas decisões
Ficaram, então, três decisões a serem tomadas: o afastamento dos três desembargadores ativos acusados, o afastamento apenas de Penteado Navarro ou que ninguém fosse afastado. O placar ficou: 13 votos pelo afastamento de Navarro e 12 pelo afastamento dos três — Sartori votou apenas pelo afastamento de Penteado Navarro. Foram poucos os votos para que ninguém fosse afastado. Almeida Guilherme votou pelo afastamento dos três.
Foi uma tarde de casa cheia no tribunal com o julgamento sendo acompanhado por jornalistas, advogados da causa e de outras e uma plateia de interessados. Para todos, a discussão foi confusa. A defesa dos três desembargadores ativos, feita pelo advogado Manuel Alceu, avisou que pretende recorrer da decisão.
Alceu contou que vai pedir uma gravação da reunião desta quarta “para que possa entender o que aconteceu”. O recurso também deve questionar o fato de o TJ ter afastado Penteado Navarro do TRE.

Pedro Canário é repórter da revista Consultor Jurídico.
Revista Consultor Jurídico, 30 de maio de 2012

STF em seu labirinto

Dora Kramer


Dora Kramer - O Estado de S.Paulo
 
O dano é evidente: julgue quando julgar, decida como decidir no caso do mensalão, o Supremo Tribunal Federal por ora é a primeira vítima do processo.
Não faz bem à confiança nacional ver ministros da Corte Suprema transitando pelo terreno dos mexericos, das intrigas, sendo alvo de ilações melífluas ou de acusações explícitas.
O ambiente exige respeito, já dizia Billy Blanco referindo-se a gafieiras. No caso da representação da guarda do Estado de Direito exige-se, sobretudo, respeitabilidade.
Não é o que inspira a cena.
Do aviso inicial do ministro Ricardo Lewandowski sobre a hipótese de seu voto revisor ser apresentado só no ano que vem, atrasando o julgamento e tornando alguns crimes passíveis de prescrição, até a revelação do tenebroso encontro entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes, o que se tem é o desgaste da imagem do Supremo.
Certo ou errado - provavelmente mais errado que certo - o cidadão olha para isso e fica no mínimo desconfiado de que os ministros do STF possam ser permeáveis a pressões.
Espera-se que não sejam como, aliás, vêm cuidando de esclarecer os magistrados. Por meio de negativas peremptórias sobre a possibilidade de sujeição a fatores outros que não os autos do processo, pela defesa da realização do julgamento o quanto antes ou por reações de repúdio à tentativa de pressão por parte do advogado "in pectore" dos réus.
Neste aspecto, a ofensiva do PT capitaneada por Lula tem obtido resultados, pois independentemente da data ou do resultado do julgamento, o Tribunal no momento está com sua confiabilidade posta em xeque.
Não quer dizer que não seja confiável, mas que se conseguiu incutir na sociedade uma dúvida quanto a isso, dando margem a questionamentos em relação ao preceito de que decisão da Justiça não se discute.
E a questão que surge na cabeça do "leigo" - ou seja, todos aqueles não familiarizados com o funcionamento do Tribunal e com o significado da função daqueles que ali estão para guardar a Constituição - é a seguinte: a coação influirá na decisão?
A interpretação de que a investida de Lula tenha tido efeito contrário ao pretendido, acabando por levar o Supremo a se apressar e os ministros a tender pela condenação como forma de reação, traz consigo a suposição da substituição do racional pelo emocional na conduta dos ministros.
Estaria aí quebrado o compromisso estrito com a legalidade. Da mesma forma se, por razões processuais, o julgamento atrasar mais que o desejado e/ou por ausência de provas suficientes houver absolvições, dar-se-á - e desde já assim se dá - como certo que houve êxito na pressão dos acusados.

Fonte: ESTADO DE SP

Brasil gasta R$ 21 bi com tratamento de doenças relacionadas ao tabaco

Dê exemplo: largue o tabaco e oriente seus filhos a nunca se iniciar em vício tão pernicioso. Oriente-os também a nunca consumir bebida alcoólica. 

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Levantamento da Aliança de Controle do Tabagismo se refere apenas a 2011 e resulta da análise de dados de 15 enfermidades, como doenças cardíacas e câncer de pulmão

Lígia Formenti, BRASÍLIA 
O Brasil gastou no ano passado R$ 21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro, revela estudo inédito financiado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT). O valor equivale a 30% do orçamento do Ministério da Saúde em 2011 e é 3,5 vezes maior do que a Receita Federal arrecadou com produtos derivados ao tabaco no mesmo período.
Prejuízo. Gastos com doenças relacionadas ao fumo consomem 30% do orçamento da saúde - Robson Fernandjes/AE
Robson Fernandjes/AE
Prejuízo. Gastos com doenças relacionadas ao fumo consomem 30% do orçamento da saúde

A divulgação foi feita na véspera do Dia Mundial sem Cigarro, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O estudo demonstra ainda que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no País. São 130 mil óbitos anuais (350 por dia). Os resultados são fruto da análise de dados de 15 doenças relacionadas ao cigarro. Quatro delas - cardíacas, pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão e acidente vascular cerebral - responderam por 83% dos gastos.
Os custos, segundo uma das coordenadoras do estudo, a economista da Fundação Oswaldo Cruz Márcia Teixeira Pinto, são referentes às despesas tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na saúde suplementar.
"Há tempos buscamos números que indiquem o impacto do tabagismo na economia do País", diz a diretora executiva da ACT, Paula Johns. Um dos argumentos da indústria do fumo para frear medidas de prevenção é a alta arrecadação de impostos, além da alta quantidade de empregos concentrada na atividade.
No debate mais recente, feito durante a discussão da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para proibição de aditivos ao cigarro, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) apontou que em 2010 a indústria recolheu R$ 9,3 bilhões de tributos e gerou receita de R$ 4,1 bilhões. "Não concordamos com o número apresentado por eles de arrecadação. Mesmo assim, é mais do que a metade do gasto com doenças", afirma Paula.
Segundo ela, os números mostram que ainda há muito o que ser feito no combate ao tabagismo. Entre reivindicações está a regulamentação da lei que proíbe fumo em locais públicos fechados e a da proibição de propaganda nos locais de venda.
Em 2005, a pesquisadora Márcia Pinto já havia feito um estudo mostrando que os gastos com o tratamento de doenças eram de R$ 338 milhões. "A metodologia era diferente." Ela lembra que foram avaliados gastos apenas no setor público do Rio.
Paula diz que não se espantou com resultados. "A estimativa é de que a cada US$ 1 arrecadado com impostos de cigarro sejam gastos US$ 3 no tratamento."
Diferenças. Márcia, que conduziu o trabalho com André Riviere, do Instituto de Efectividad Clinica y Sanitaria, da Argentina, afirma que fumantes no Brasil vivem pelo menos cinco anos a menos do que os não fumantes. Mulheres dependentes do cigarro têm, em média, 4,5 anos a menos de vida do que as não fumantes e 1,32 a menos do que as ex-fumantes. Entre homens, a perda é de 5,03 anos em relação ao tempo médio de vida dos não fumantes e de 2,05 dos ex-fumantes.
Ao saber da pesquisa, Romeu Schneider, da Câmara Setorial do Tabaco, afirmou que os números não refletem a realidade. "Eles são campeões de chute. Durante 20 anos falaram que o cigarro causava 200 mil mortes. Não há como saber o que foi provocado pelo cigarro, o que foi causado por outras doenças."
ENTREVISTA: ‘Gasto é maior que ganho com tributos’
Alexandre Padilha, ministro da Saúde
Qual é avaliação que o senhor faz do estudo?
Ele é um instrumento valioso para se mensurar o impacto dos custos do tabagismo no SUS. Ele mostra que, além das vidas perdidas, o tabagismo traz uma perda de recursos maior do que os tributos recolhidos com o setor. O trabalho reforça a importância das medidas regulatórias que adotamos.
A lei foi sancionada ano passado, mas precisa ser regulamentada. Há um prazo para que novas regras sejam publicadas?
Não há prazo definido, mas a meta é regulamentarmos o mais rápido possível. Vários ministérios estão sendo ouvidos, há uma tramitação interna, questões jurídicas analisadas. Mas ela é importante.
Que nova medida será feita para reduzir o tabagismo?
As medidas regulatórias são fundamentais, elas têm grande impacto, principalmente entre o público prioritário: jovens, população de mais baixa renda e mulheres. Já assistimos uma forte redução do número de fumantes, mas em menor velocidade entre essa população. E, entre jovens, queremos evitar a iniciação ao fumo. Além disso, vamos reforçar medidas para ajudar fumantes a parar de fumar, com distribuição de gomas e adesivos para reposição de nicotina.
O que poderia ser feito com R$ 21 bilhões?
Este ano o ministério gastará R$ 10 bilhões na compra de remédios em geral, para doenças como câncer. Os recursos gastos com cigarro são o dobro do investido em drogas.
Fonte: ESTADO DE SP

Ligeirinha! - Ellen Gracie é eleita nova integrante do Conselho da OGX



A ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie foi eleita para integrar o Conselho de Administração da OGX, empresa de petróleo e gás do empresário Eike Batista, informou a empresa nesta quarta-feira em ata de assembleia de acionistas datada de 26 de abril.Primeira mulher a integrar a Suprema Corte brasileira, Ellen Gracie ficou no STF durante 10 anos e oito meses e deixou o tribunal em agosto de 2011, quando se aposentou. Ellen, assim como os demais membros eleitos para o Conselho, terão mandato de um ano.
Fonte: TERRA

FINALMENTE SE ADMITE - Previdência arrecada mais do que gasta e tem saldo de R$ 179,9 mi



A Previdência urbana arrecadou cerca de R$ 21,2 bilhões em abril e gastou, aproximadamente, R$ 21 bilhões em benefícios, o que resultou em um superávit de R$ 179,9 milhões. As despesas da previdência foram, em grande parte, para pagamento de precatórios. Em abril de 2011, registrou-se déficit de R$ 955 milhões.A arrecadação total em abril deste ano foi menor em comparação ao resultado de março, quando houve o maior saldo da série histórica: R$ 21,78 bilhões. Em relação a abril de 2011, houve aumento de 11,9%. O cálculo desconsidera o mês de dezembro, quando há aumento na arrecadação total devido ao décimo terceiro salário."Em nenhum momento houve queda na arrecadação previdenciária. Tivemos crescimento real de mais de 8% por mês, em média, desde 2010. Isso é uma mistura entre geração de emprego e formalização", informou, nesta quarta-feira, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, na divulgação do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) deste mês.No caso das arrecadações rurais em abril, houve déficit de R$ 5,5 bilhões, necessidade de financiamento 8,7% maior do que no mês passado. Foram recebidos R$ 560,8 milhões - aumento de 28,7% em relação a abril, devido ao resultado do aumento da produção de grãos. Foram gastos, no entanto, R$ 6,1 bilhões em benefícios, 11,6% a mais em relação ao mês anterior e 8,9% a mais em relação a abril do último ano. Segundo o ministro, o déficit na arrecadação rural se deve ao reajuste do salário mínimo em janeiro de 2012.
Agência Brasil, via TERRA

Venezuela considera "afronta" as críticas de G. Mendes sobre Chávez


O embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Arveláiz, protestou nesta quarta-feira contra as alusões feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes sobre o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Mendes, que troca farpas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após acusá-lo de ter-lhe sugerido adiar o julgamento do Mensalão, disse em uma entrevista ao jornal O Globo" que "o Brasil não é a Venezuela, onde Chávez prende juiz".
Segundo o embaixador venezuelano, que respondeu a Mendes mediante uma nota enviada à imprensa, "as declarações do magistrado, se de fato ocorreram, constituem uma afronta à população venezuelana e demonstram uma profunda ignorância sobre a realidade do país".
Arveláiz argumentou que a Constituição venezuelana, "elaborada pela Assembleia Constituinte e referendada nas urnas, determina a separação de poderes, estabelece direitos de cidadania e configura elementos jurídicos razoáveis, por isso o Presidente não pode determinar a prisão de nenhum cidadão, independentemente de seu cargo".
"Recorrer à desinformação para envolver a Venezuela em debates que só competem aos brasileiros é uma atitude indecorosa, sobretudo se parte de um magistrado da mais alta corte de uma nação irmã, e não reflete a parceria histórica entre Brasil e Venezuela", declarou o embaixador. 

Fonte: TERRA

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Estamos pagando deputado para pensar em "romaria"!

Desejo religioso

30 de maio de 2012 
Caro Cacau,
Espero que sua recuperação seja rápida e o mais indolor possível.  E que a memória de seu pai sirva-lhe de conforto e afago, assim como de agradecimento ao nosso Pai que nos protege. Gostaria de ¿ mesmo respeitando sua dor ¿ aproveitar o momento para acelerar a manifestação de um desejo religioso.
"(...) Protege, senhor, por intermédio de Nossa Senhora do Caravaggio, nossas motos, nossas vidas, nossos caminhos, para que na certeza de Tua presença, possamos dar-Te glória e louvor, para sempre (...)". Com este trecho de oração, entre outros, o padre Roque Grazziotin, da Diocese de Caxias do Sul (RS,) há 26 anos realiza anualmente a Romaria dos Motoqueiros. Para participar deste evento, além da moto, é preciso ter fé em Nossa Senhora do Caravaggio. Também é preciso que os motociclistas tomem mais consciência de seus atos diante das armadilhas da mobilidade, especialmente na velocidade, dando mais valor à vida.
Santa Catarina precisa também de uma Romaria da Mobilidade. Principalmente na sua Capital, onde se vive um verdadeiro caos urbano, precisamos rezar muito, especialmente pela proteção dos pedestres, ciclistas e motociclistas.
É provável que no seu caso tenha ocorrido uma fatalidade, mas sabemos que geralmente os acidentes acontecem em virtude do exagero na velocidade, da falta de atenção e do consumo de álcool. Verdadeiras armaduras de lata, carros e motos matam mais que guerras. O acidente com mais óbitos é o atropelamento. Ou seja, o pedestre, que é dotado de alma e não é motorizado, é a vítima maior da imprudência e da omissão do poder público.

Uma Romaria da Mobilidade não acabaria com o trânsito caótico em Santa Catarina, mas chamaria a devida atenção para o caos em que ele se encontra,  servindo como reflexão litúrgica e  pedagógica, promovendo a conscientização dos usuários de veículos de duas e quatro rodas.  Enfim, representaria uma corrente de fé, esperança e pressão, no sentido da implementação de uma nova política de mobilidade urbana, onde a proteção à vida e ao meio ambiente deva ser prioritária.
Um grande abraço, no desejo que tenhas uma tranqüila e progressiva convalescença. Deus te abençoe e te proteja.
Padre Pedro Baldissera
Deputado Estadual - PT

Fonte: Blog do  CACAU MENEZES

Leilão macabro - Tumba de Elvis Presley vai a leilão

Lisboa
16º C
 
D.R.

Elvis Presley foi enterrado a 16 de Agosto de 1977, mas dois meses depois o seu corpo foi levado para Graceland, propriedade onde residia e hoje transformado em lugar de peregrinação de fãs de todo o Mundo

‘Rei’ foi enterrado no cemitério de Forest Hill, mas desenterrado dois meses depois

A tumba onde Elvis Presley foi enterrado, no cemitério de Forest Hill, em Memphis, EUA, vai ser leiloada este mês pela casa Darren Julien. Dois meses depois do funeral do ‘Rei’, o seu corpo foi levado para Graceland, onde continua até hoje. Desde então, a tumba – que está dentro de um mausuléu de granito e mármore – tem estado vazia.

 O leilão da Darren Julien incluirá outros objectos pertencentes a estrelas da música e do cinema.

Fonte: CORREIO DA MANHÃ (Pt)

Cientistas dizem que Jesus foi crucificado a 3 de Abril de 33

Terramoto mencionado na Bíblia terá ocorrido nesse dia


Um estudo conduzido pela International Geology Review concluiu que Jesus Cristo foi crucificado a 3 de Abril do ano 33. Tamanha certeza deve-se ao facto de ter ocorrido nesse dia um terramoto no Mar Morto, a cerca de 20 quilómetros de Jerusalém, que é mencionado na Bíblia.

 Apoiados na descrição do terramoto presente no Evangelho segundo Mateus, cientistas analisaram amostras de solo na praia de Ein Gedi Spa, junto ao Mar Morto, detectando vestígios de dois abalos de terra.
Um dos cientistas disse ao Discovery Channel que é sabido que um dos grandes terramotos na região ocorreu quando Pôncio Pilatos era o governador da Judeia. A partir daí o quebra-cabeças começou a compor-se e foi estabelecido que 3 de Abril é a data mais provável.

Fonte: CORREIO DA MANHÃ (Portugal)

Descoberto perto de Silves o vestígio judaico mais antigo da Península Ibérica

Arqueologia


30.05.2012 - 11:20 Por Ana Gerschenfeld, Idálio Revez

A decifração da inscrição na placa de mármore encontrada no sítio das Cortes ainda está em curso A decifração da inscrição na placa de mármore encontrada no sítio das Cortes ainda está em curso (Dennis Graen)
Trata-se de uma placa de mármore que, ao que tudo indica, terá sido uma lápide funerária e que data, no mínimo, do fim do século IV da nossa era.

Quem terá sido Yehiel? Talvez um escravo judeu que viveu - e morreu - há mais de 1600 anos numa sumptuosa vila romana (uma casa senhorial) perto de Silves, no Algarve? Talvez nunca venha a saber-se. Mas o que parece estar garantido é que a descoberta agora anunciada por arqueólogos alemães, realizada em colaboração com arqueólogos portugueses, representa o mais antigo vestígio cultural judaico jamais encontrado na Península Ibérica.

A equipa de Dennis Graen, da Universidade Friedrich Schiller de Jena, na Alemanha, anda há três anos a escavar as ruínas de uma vila romana descoberta em 2005 por Jorge Correia no sítio das Cortes, próximo de São Bartolomeu de Messines e da Estrada Nacional 124. Na altura, este arqueólogo da Câmara Municipal de Silves encontrara cerâmicas e mosaicos romanos à superfície.

O concelho de Silves é rico em vestígios históricos. A descoberta foi há quase um ano, mas só agora viu confirmada a sua importância. "Isto é uma paixão", diz-nos o arqueólogo português, que, embora não tenha feito parte da equipa que procedeu à escavação, acompanhou de perto os trabalhos. "Conheço bem o terreno, e estava aqui todos os dias."

À vista encontram-se as estruturas da vila romana, com mais de cem metros quadrados, que teriam sido destinadas ao curral e outras instalações de apoio aos animais. A parte principal da vila continua por descobrir e, em Setembro, as escavações vão ser retomadas. Mas enquanto o proprietário do terreno onde decorreram até aqui as escavações não levantou qualquer obstáculo, o vizinho das terras ao lado não as autorizou, conta Jorge Correia.

Contactado pelo PÚBLICO, Graen explica de onde veio o interesse da equipa alemã por aquele local: "Em 2008, estávamos à procura de um sítio interessante para começar um projecto." O objectivo inicial era estudar o modo de vida dos habitantes do interior da província romana da Lusitânia. Enquanto a costa portuguesa já tinha sido bastante explorada, o mesmo não acontecera no interior algarvio.

Para a presidente da Câmara de Silves, Isabel Soares, a universidade alemã pode contribuir para despertar ainda mais o valor histórico do município, pois a comunidade local "não dá muitas vezes valor ao património". A importância de Silves na época do domínio árabe faz com que, a cada passo, se encontrem sinais históricos a lembrar esse passado. A propósito do novo achado na vila romana, diz Isabel Soares: "A comunidade judaica não deixará certamente de se identificar com este local."

O contacto entre especialistas alemães e portugueses "foi estabelecido por Pedro Barros, responsável pela Extensão do Algarve do Igespar" (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico), salienta Graen. "Após termos localizado com técnicas de prospecção geofísica a posição das estruturas soterradas, começámos a escavar em 2009."

Mas naquela altura os cientistas não estavam de todo à procura de sinais da cultura judaica. "Na realidade", diz Henning Wabersich, um dos elementos da equipa de escavação, em comunicado da universidade, "estávamos à espera de encontrar alguma inscrição em latim, quando demos com a lápide." Os cientistas demorariam algum tempo a determinar em que língua estava inscrita.

A placa, de mármore, mede 40 centímetros por 60 e nela lê-se o nome "Yehiel" (um nome mencionado na Bíblia), seguido de uma série de letras cuja decifração ainda está em curso. Hastes de veado descobertas junto da lápide, que foram entretanto datadas por radiocarbono, remontam ao ano 390 da era cristã, o que sugere que a lápide não pode ser posterior a essa data.

Bênção do céu

Até aqui, o vestígio arqueológico mais antigo deixado por judeus no actual território de Portugal era uma lápide funerária com uma inscrição em latim e uma gravura de uma menorá (candelabro de sete braços) datada de quase cem anos mais tarde: 482 d.C. "Essa lápide foi encontrada na basílica paleocristã de Mértola, no Sudeste do Alentejo", diz-nos ainda Graen. Há também duas inscrições em hebraico que, salienta o investigador, "datam provavelmente dos séculos VII ou VIII e foram descobertas em Espiche (Lagos) no século XIX".O novo achado tem uma outra particularidade absolutamente inédita, para além da sua idade, como frisa Graen: "Em todo o Império Romano, nunca foi encontrado até aqui qualquer outro vestígio hebraico/judaico numa vila romana."

Perguntamos-lhe: poderá Yehiel ter sido um escravo a viver na casa de Cortes naquela altura? "Sim, seria uma possibilidade", responde. "Mas talvez o dono da casa fosse judeu - ou, mais provavelmente, talvez tenha havido um cemitério na proximidade da casa e a lápide veio dali."

Por que é que ainda não foi possível decifrar toda a inscrição? "A má qualidade dificulta a decifração", diz Graen. "Mas fui contactado ainda hoje [ontem] por mais um perito que me garante que consegue ler "O judeu recebeu a bênção do céu"."

Porém, Graen frisa que a inscrição não estará em hebraico: "Foi provavelmente escrita em aramaico ou noutra língua semita." Mas de uma coisa ele não tem dúvidas: "É a lápide do túmulo de um homem da Judeia e, portanto, é o mais antigo vestígio deixado por um judeu na Península Ibérica."

Fonte: PUBLICO (Pt)